A lâmpada elétrica é sem dúvida um dos maiores inventos da história da humanidade. Com auxílio da energia elétrica ela nos proporciona comodidade e segurança em nossas casas, escritórios, ruas e estradas.
Dentre os diversos tipos de lâmpadas existentes, uma das mais eficientes em termos de durabilidade e iaenergética é a lâmpada fluorescente. No entanto, seu interior contém mercúrio gasoso, o que torna esta lâmpada um resíduo perigoso ao fim de sua vida útil.
Para saber mais sobre o funcionamento e o descarte das Lâmpadas Fluorescentes, a equipe da Recicloteca fez uma pesquisa e apresenta o resultado nesta matéria.
As lâmpadas fluorescentes, diferentemente das incandescentes, produzem luz pela passagem da corrente elétrica através de um gás ou vapor contido em seu interior. Existem diversos tipos de lâmpadas fluorescentes, porém, todas obedecem ao mesmo princípio de funcionamento, ou seja, a excitação e desexcitação de átomos de uma mistura gasosa, e a utilização de substância fosforescente na parede do tubo capaz de converter a radiação produzida em luz visível.
As lâmpadas fluorescentes são a clássica forma para uma iluminação econômica nas mais diversas áreas residenciais, comerciais e industriais. Consomem cerca de 75% menos energia e possuem uma vida útil média de 6 a 8 vezes superior à das lâmpadas incandescentes.
Para o uso doméstico as mais utilizadas são as lâmpadas fluorescentes compactas e circulares (LFCs), por serem pequenas e poderem substituir as lâmpadas incandescentes domésticas comuns na maioria das luminárias existentes. Sem dúvida a lâmpada fluorescente é um produto bem desenvolvido para as necessidades atuais da humanidade, porém, se este material for descartado inadequadamente, libera o gás de mercúrio contido em seu interior, que é extremamente prejudicial à saúde e ao meio ambiente.
Em 1998, 48,5 milhões de unidades de lâmpadas de mercúrio foram descartadas, com uma carga poluidora de 1.000 kg de mercúrio. Já no ano de 2001, esse descarte passou a 80 milhões de unidades, em virtude do plano de racionamento de energia elétrica que motivou a troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, principalmente no setor residencial.
Ainda que o impacto ambiental causado pela liberação de mercúrio contido em uma única lâmpada (da ordem de 15mg) seja pequeno, o somatório das lâmpadas descartadas anualmente (cerca de 70 milhões só no Brasil) terá efeito sensível sobre os locais onde são dispostas. Ao final de sua vida útil as lâmpadas contendo mercúrio são, na maioria das vezes, destinadas aos depósitos de lixo contaminando o solo e, mais tarde, os cursos d’água. A presença de mercúrio nas águas,mesmo que em pequenas quantidades, representa um grande problema ecológico, pois ele se acumula nos organismos vivos, assim os animais situados no final da cadeia alimentar apresentam uma concentração mais elevadado mercúrio, perigosa para o próprio animal ou para os que deste se alimentam, originando sérios problemas de saúde pública e podendo intoxicar comunidades inteiras.
Compare as lâmpadas fluorescentes e incandescentes
Lâmpada fluorescente:
- Consome cerca de 75%menos energia;
- Dura de 6 a 8 vezes mais;
- Possui gás demercúrio em sua composição e nãopode ser descartada como resíduo comum;
-Quando usada em ambientes que acendem e apagam a lâmpada commuita freqüência pode diminuir
sua vida útil.
- É testada pelo PROCEL e pelo INMETRO para garantir fatores como durabilidade, depreciação luminosa e potência, sendo assim, ao comprar, opte pelas marcas que possuem o selo PROCEL/INMETRO.
Lâmpada incandescente:
- Consome mais energia;
- Tem durabilidade menor;
- Possui gás inerte e pode ser descartado como resíduo comum;
- É indicada para ambientes que acendeme apagam as lâmpadas commuita freqüência (ex: minuterias em
corredores de edifícios), pois nesses casos ela apresenta maior durabilidade que a fluorescente.
Segundo a Norma da ABNT NBR10.004/04, lâmpadas que contêm mercúrio, após o uso, são classificadas
como resíduos perigosos Classe 1. Diante disto, merecem cuidados especiais quanto aos procedimentos de
manuseio (retirada/coleta),acondicionamento, transporte, armazenagem e destinação final, em função das suas características peculiares e dos riscos que apresentam.
O primeiro passo para o descarte dessas lâmpadas é providenciar um armazenamento adequado. Elas não podem ser quebradas e devem ser guardadas nas próprias caixas em que vieram embaladas.
Dentre os destinos que a lâmpada pode ter após seu uso, um dos mais recomendados é a reciclagem.
Algumas empresas especializadas no tratamento de resíduos perigosos realizam este trabalho.
Porém, ainda não há uma legislação específica que aponte a responsabilidade pela destinação de tais lampadas, após o uso.
Cuidado com a saúde
O mercúrio sob a forma de vapor é absorviso pelas vias respiratórias e pela pele;
As lãmpadas que contém mercúrio só apresentam risco de contaminação se forem quebradas, portanto NUNCA quebre as lãmpadas fluorescentes para descartá-las. Quando houver quebra acidental, a primeira providência deve ser abrir as portas e janelas para circular o ar. O local deve ser limpo, de preferência por aspiração. Os cacos devem ser coletados de forma a não ferir quem os manipuladores e colocados em embalagem estanque lacrada, afim de evitar a evaporação domercúrio liberado.
A exposição a altas concentrações de vapor por períodos curtos pode causar pneumonia, dores no peito, falta de ar e tosse, gengivite e salivação. A exposição crônica ao mercúrio também afeta o organismo humano, podendo resultar em tremores e vários distúrbios neuropsiquiátricos.
No caso de contato do mercúrio com os olhos recomenda-se lavar com água em abundância.
Havendo contato pela pele, deve-se remover as roupas contaminadas e lavar bem a área afetada com água e sabão.
Informativo Recicloteca
Fontes:
- APLIQUIM – tel: (19) 3884-8140 / 3884-8141 / 3884-7184; site: www.apliquim.com.br
- ABILUX (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação) – site: www.abilux.com.br
- CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) – site: www.cepel.br
- PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica)– tel: 0800-560506; site: www.eletrobras.gov.br/ELB/procel/main.asp
- UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina) – site: www.mundofisico.joinville.udesc.br/index.php?idSecao=1&idSubSecao=&idTexto=2
- Zanicheli, C., Peruchi, I.B., Monteiro, L.A., João, S.A.S. & Cunha, V.F. 2004. Reciclagem de Lâmparadas:AspectosAmbientais e Tecnológicos. PUC Campinas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário